O superintendente do Porto de Itajaí, João Paulo Tavares Bastos, participou nesta quarta-feira (24) de uma audiência pública da Comissão Especial do PL 733/2025, no Plenário 06 da Câmara dos Deputados, em Brasília. A pauta do encontro girou em torno da relação Porto-Cidade e do futuro da atividade portuária no município.
Durante sua fala, Tavares Bastos ressaltou a importância histórica e estratégica da federalização do Porto de Itajaí. “Pesquisas recentes mostram que 52,9% da população avalia positivamente a federalização do Porto, reconhecendo que ela pode trazer investimentos e desenvolvimento”, destacou.
Ele também citou que mais de 86% da população acredita que um Porto forte pode gerar mais empregos para suas famílias, enquanto 63,9% enxergam a federalização como caminho para novos investimentos e postos de trabalho. Outro ponto relevante é que 90% dos moradores defendem uma maior participação do Porto na vida comunitária, em áreas como educação, cultura, esporte e urbanismo.
O superintendente apresentou ainda os números atualizados do Porto em 2025: 2.795.429 toneladas de cargas movimentadas, sendo 1.500.180 toneladas em exportações e 1.295.249 toneladas em importações, com faturamento de R$ 120 milhões e repasses de R$ 2 milhões em Imposto Sobre Serviço ao município de Itajaí.
Além disso, destacou os projetos socioambientais em andamento, os investimentos estratégicos e a singularidade da relação Porto-Cidade, que, reforçam o papel da atividade portuária como indutora de desenvolvimento econômico e social para a região.
" Itajaí tem uma característica única: o Porto está no coração da cidade. Ele moldou nossa história, influencia a mobilidade urbana, gera empregos e dá identidade cultural ao município. Essa condição exige que a regulação considere não apenas eficiência logística, mas também os impactos sociais e urbanos. O nosso Porto mostra, na prática, que porto e cidade precisam caminhar juntos", destacou.
O superintendente também pautou a importância do Porto como um indutor do desenvolvimento regional. " Portos não são apenas ativos econômicos. São plataformas de desenvolvimento social, urbano e tecnológico. O PL 733/2025 deve refletir essa realidade: regular a operação portuária é também garantir emprego, renda, inovação, cultura, esporte, meio ambiente e qualidade de vida nas cidades portuárias.O Porto de Itajaí está pronto para ser um modelo nacional dessa integração porto-cidade, com governança federal sólida e participação ativa da comunidade. Esse é o caminho para termos um sistema portuário brasileiro mais justo, eficiente e humano.”, avaliou.