06 de maio de 2025

Porto de Itajaí dá primeiro passo para remoção do navio Pallas, afundado há mais de 130 anos

Porto de Itajaí dá primeiro passo para remoção do navio Pallas, afundado há mais de 130 anos

A primeira reunião de alinhamento para a retirada do navio Pallas, soçobrado há mais de 130 anos na foz do rio Itajaí-Açu, foi realizada nesta terça-feira (6), no auditório da Superintendência do Porto de Itajaí. O encontro contou com a presença do superintendente João Paulo Tavares Bastos, trabalhadores portuários, representantes da PortoNave, sindicatos, Marinha do Brasil, Conselho das Entidades, Polícia Federal e da Autoridade Portuária de Santos (APS).

“Com muita alegria, comunicamos que hoje tivemos a primeira reunião para tratar da retirada do navio soçobrado Pallas, algo que já havíamos anunciado. A remoção trará benefícios para todo o complexo portuário, viabilizando a recepção de navios de até 366 metros”, afirmou o superintendente João Paulo Tavares Bastos. 

Segundo ele, o Porto de Itajaí está cinco gerações atrasado. "Navios de 365 metros já navegam pela costa oeste da América do Sul, e precisamos integrar o Porto de Itajaí a essa movimentação. Para avançarmos, vamos oficiar a Marinha do Brasil, o Ministério da Cultura e o IPHAN, órgãos que atuaram junto conosco, neste projeto", completou.
Antes mesmo da reunião, o superintendente já havia oficiado a APS, solicitando o início do processo licitatório para contratação da empresa responsável pelo estudo técnico da operação.

 

Entenda o caso

No dia 8 de abril, foi assinada a portaria que cria uma comissão para acompanhar os estudos técnicos e a execução da remoção do casco do Pallas.  A remoção do casco submerso do Pallas, localizado próximo ao molhe norte, no lado de Navegantes, é considerada fundamental para a expansão da capacidade operacional do porto. O planejamento prevê, além da retirada do navio, o alargamento do canal e a construção de uma nova bacia de evolução. Contudo, apenas a retirada do casco já permitirá a entrada de embarcações maiores, aumentando a competitividade do complexo portuário. “Essa ação não é importante apenas para Itajaí e região, mas para toda a economia do Brasil. Com mais navios atracando, geramos mais receita, mais competitividade e mais empregos”, concluiu o superintendente.

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