19 de janeiro de 2024

Draga de sucção (Hopper) encerra campanha dragando mais de 4 milhões de metros cúbicos – Esse montante equivale a 800 mil caçambas de material sedimentar retirados do rio.

Draga de sucção (Hopper) encerra campanha dragando mais de 4 milhões de metros cúbicos – Esse montante equivale a 800 mil caçambas de material sedimentar retirados do rio.

Itajaí, 19 de janeiro de 2024

Superintendência do Porto de Itajaí – SPI

Secretaria Geral de Comunicação Social – SECOM

Draga de sucção (Hopper) encerra campanha dragando mais de 4 milhões de metros cúbicos – Esse montante equivale a 800 mil caçambas de material sedimentar retirados do rio.

Em comparações, quantidade dragada teve 47% a mais do que a obra de alargamento da praia central de Balneário Camboriú.

No dia 10 de janeiro, a Draga HAM 316, do tipo sucção (Hopper), deixou Itajaí, seguindo rumo ao Porto de Santos. Desde que chegou ao Complexo Portuário do Rio Itajaí Açu, em 16 de novembro, seu desempenho foi primordial e pontual quanto aos trabalhos de manutenção do acesso aquaviário ao Porto de Itajaí e demais áreas em que o equipamento atuou.

De acordo com o relatório de volumetria disponibilizado pela empresa contratada pelos serviços de manutenção de dragagem, a Van Oord, e, apresentado para a Superintendência do Porto de Itajaí, o relatório informou que o volume total de sedimentos removidos durante a última campanha com a draga, que compreende o período de 16/11/2023 à 10/01/2024, foi 4.002.223m³.

Ainda de acordo com o relatório de volume dragado, foram realizados nesta campanha de dragagem, 605 ciclos (ida e volta), e, com base na densidade na cisterna, cada ciclo apresenta 6.615 metros cúbicos coletados, totalizando um montante removido de 4.002.223m³.

Num comparativo com a obra de alargamento da praia central de Balneário Camboriú, cidade vizinha de Itajaí, onde foram retirados um volume total de 2.720.00 milhões de m³, o montante dragado e coletado pela Draga HAM 316, registrou 1.282.000 m³ (47%), a mais do que todo o material de sedimentos que foram dragados com a obra de alargamento da praia central.

Em outra escala de cálculo dragado com esta última campanha realizada pela Draga HAM 316, o volume de 4.000.223m³, dividido por 5m³ (medida de uma caçamba de entulhos), equivale a 800 mil caçambas cheias de material sedimentar retirados do Rio Itajaí Açu, no que se refere a área do Porto Organizado (Terminal Braskarne até o canal de acesso ao complexo portuário).

Sendo de extrema necessidade quanto ao recolhimento e remoção de materiais sólidos, a embarcação atuou 24 horas ininterruptas, trabalhando permanentemente na dragagem ao longo do canal de acesso ao Complexo Portuário do Rio Itajaí Açu - áreas a montante e jusante - do Rio Itajaí Açu e também nas áreas das Bacias de Evolução I (em frente aos portos de Itajaí e Navegantes), II (Baía Afonso Wippel - Saco da Fazenda). Atualmente, o canal tem uma média de 190 metros de largura e cerca de 14 metros de profundidade. De acordo com as cotas de profundidade, o canal interno e áreas das Bacias de Evolução as profundidades são de 13,5 metros, e, no canal externo, 14 metros de profundidade.

“A dragagem é essencial para a manutenção de qualquer terminal portuário, seja ele um Terminal de Uso Privado (TUP), ou um porto público, acima de tudo, essencial para uma questão social também. A nossa profundidade, estando agora com 13,5 metros no canal interno e áreas de Bacia de Evolução, e, 14 metros no canal externo, garante não só a segurança de navegação, como também a prevenção de enchentes. Se não fosse a dragagem sendo feita no momento que estamos agora, com estas cotas de profundidade, certamente as enchentes teriam sido muito mais severas aqui na região de Itajaí. Nós fomos afetados, famílias foram afetadas, o município e a região conseguiram agir de forma rápida e precisa, mas a cidade não foi tão impactada pelas enchentes devido aos trabalhos de dragagem, o que trouxe um resultado muito positivo socialmente nesse aspecto e isso traz uma reflexão muito importante”, destacou o Diretor Geral de Engenharia, Jucelino dos Santos Sora.

Durante os trabalhos de campanha com a draga HAM 316, o equipamento recolhia os sedimentos, carregando-os em sua cisterna, e, num raio de 5 milhas, o equivalente a 10 quilômetros de distância da saída do canal de acesso ao complexo, os dejetos sempre foram despejados num ponto indicado pelas autoridades ambientais como área de descarte (bota-fora), sendo depositados em alto mar.

Em todas as campanhas de dragagem, a Superintendência do Porto de Itajaí, na condição de Autoridade Portuária, esteve sempre a frente acompanhando, supervisionando rigorosamente com todos os cuidados os trabalhos de dragagem de manutenção, que vão desde o monitoramento da qualidade da água, monitoramento de material sedimentado, supervisão ambiental das obras de dragagem, monitoramento de pesca artesanal, monitoramento e gestão dos resíduos, entre outros programas, ao qual são realizados por uma equipe especializada e profissional contratada pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali).

A draga Hooper (HAM 316), do tipo sucção, deverá retornar no final de março ou início de abril para sua última campanha deste contrato. Após seu término de trabalhos em Itajaí, uma nova draga, ainda maior de aproximadamente 18 mil metros cúbicos, será enviada para atuar numa nova campanha. Atualmente, os serviços de dragagem continuam a draga NJORD, equipamento este que injeta potentes jatos de água no fundo do rio, fazendo com que sedimentos sejam eliminados junto com a correnteza.

Com a recuperação de profundidades de até 14 metros, e, garantindo a segurança de entradas e saídas de navios maiores no Complexo Portuário, tem ainda, a importante finalidade de reduzir os impactos de inundações, fazendo com que a grande vazão das águas das chuvas que descem do Alto Vale e Vale do Itajaí (Rio do Sul e Blumenau), possam se dissipar. No ano passado, ocorreram diversas enxurradas com o registro de seis enchentes nestas regiões, e, que afetaram significativamente o município de Itajaí, trazendo prejuízos aos munícipes.

CONTRATO GARANTIDO ATÉ DEZEMBRO DE 2024 

“Juntamente com a batalha para se renovar a Autoridade Portuária Pública e Municipal, pode-se dizer que, também, com a prorrogação do contrato de manutenção da dragagem por mais este ano, agora, damos essa devolução a população de Itajaí quanto aos serviços realizados pela Superintendência do Porto de Itajaí ao longo do ano que passou. Disparado, é o maior contrato que o Porto de Itajaí possui, sendo o de maior custo em torno de 70% do nosso orçamento mensal, num valor de aproximadamente 7 milhões de reais. Renovamos o contrato de dragagem por mais um ano com a empresa Van Oord, empresa holandesa, sendo uma das 5 maiores empresas de dragagem do mundo. No ano passado, nossa região sofreu muito com enxurradas e enchentes ocorridas no Alto Vale do Itajaí, todo esse material que é carreado, ou seja, conduzido pelo rio, chega aqui na Foz, e, quando chega aqui em Itajaí, perde velocidade, ocorrendo então o assoreamento no canal do Rio Itajaí Açu. O Porto de Itajaí, sem buscar nenhum numerário junto aos cofres municipais, conseguindo manter a sua atividade, vem efetuando essa dragagem e rapidamente conseguiu solucionar após as enchentes esse problema”, pontou o Superintendente do Porto de Itajaí, Fábio da Veiga.

De bandeira do Panamá, a draga HAM 316 foi fabricada na Holanda, construída em 1998, possui tonelagem bruta de 9.865 toneladas, e, comprimento de 128,46 metros por 22 metros de boca (largura). Sua capacidade de armazenamento de carga é de 11.409 quilos.

“Esta última campanha de dragagem superou todas expectativas. Foram mais de 4 milhões de metros cúbicos retirados do leito do Rio Itajaí Açu nos últimos dois meses, nos permitindo em manter um serviço de qualidade para os nossos usuários, ou seja, para os navios que atracam em Itajaí e Navegantes. Mas sobretudo foi uma dragagem que possibilitou, estudos indicam isso, uma intensa vazão do rio Itajaí açu, minimizando, de forma profunda, brusca, os impactos que as cheias do mês de novembro poderiam causar caso o Rio não estivesse com essa profundidade. Há de se dizer ainda que esses 4 milhões de metros cúbicos dragados, equivalem a 800 mil caçambas cheias. Para o conhecimento da população, esse montante atinge ainda mais de 1.2 milhão de metros cúbicos que foram dragados com a obra de alargamento da praia central de Balneário Camboriú. É primordial mantermos o Rio entre 13 e 14 metros de profundidade, já que o Rio Itajaí Açu, caso parasse de se dragar, voltaria para a sua profundidade média que é de 8 metros”, conclui Fábio.

Mais informações:

*Fábio da Veiga – Superintendente do Porto de Itajaí

*Jucelino dos Santos Sora – Diretor Geral de Engenharia da SPI

*Fotos e Texto: Luciano Sens – Secretário Geral de Comunicação Social

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